Brioso (Euclides Honorato da Costa)

Dupla sertaneja. Cantores. Compositores. Dupla formada por Tésis dos Anjos Gaia, o Brinquinho – São Paulo, SP – 1915 – São Paulo, SP – 1977 e por Euclides Honorato da Costa, o Brioso – São José dos Campo, SP – 1913 – São José dos Campos, SP – 1991.

Tésis era irmão de Ranchinho, da dupla Alvarenga e Ranchinho e trabalhava na Prefeitura de São José dos Campos juntamente com Euclides. Como andavam sempre juntos cantando músicas de Alvarenga e Ranchinho o prefeito lhes deu os nomes de dois bois de uma parelha que possuía em sua fazenda: Brinquinho e Brioso.

Em 1939 fizeram apresentações com Cornélio Pires, o pioneiro da música caipira. Em 1940, foram contratados pela Rádio Atlântica de Santos. Pouco depois seguiram para se apresentar na filial da Rádio Atlântica, em Niterói (RJ). Retornando a São Paulo, em agosto de 1943, lançaramm um disco pela Columbia contendo a valsa “Cruel destino”, de Brinquinho, Brioso e Lauro de Souza e o caretê “Pé de coquerá”, de Brinquinho, Brioso e Abílio Machado. No mesmo ano lançaram “Moda dos inventores”, dos dois e “Os poetas na moda”, de Brinquinho, Brioso e Armando Rosas. Lançaram ainda com sucesso “Vá pela calçada”, de Hélio Sindô e Vladimir de Melo, “Vidinha da roça”, de Brinquinho e Brioso e “Linda serrana”, de Anacleto Rosas Jr., entre outras.

Apresentaram-se no programa “Feira de amostras”, de Blota Júnior na Rádio Cruzeiro do Sul, em São Paulo. Fizeram uma temporada na Rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Em 1944 gravaram a rancheira “Cavalo baio”, de Buci Moreira e Conde e a polca “Deliciosa”, de Mário Gennari Filho com acompanhamento do mesmo ao acordeom. Em 1945, apresentaram-se em Salvador, Belo Horizonte e Recife e na base militar de Fernando de Noronha. No mesmo ano gravaram a marcha “Alô, mister Johnny”, de Arlindo Pinto e Hélio Sindô e o samba “Vá pela calçada”, de Hélio Sindô e Vladimir de Melo. Em 1946 gravaram de Anacleto Rosa Jr. a moda de viola “Caboclo de azar”, o recortado “Fartura” e a toda “Linda serrana”.

Em 1950 gravaram pela Continental as modas de viola “Cachorro maiado”, de parceria da dupla e Geraldo Costa e “Etelvina”, de Anacleto Rosas Jr. e Brioso. Em 1951 gravaram a toada “Remorso”, de Anacleto Rosas Jr. e Arlindo Pinto e o xote “Sertão do Paraná”, de Brinquinho, Brioso e E. Barros. Em 1952 gravaram as valsas “Parabens”, de Nhô Zé e Álvaro e “Eu, você e o luar”, de Ciro de Souza e M. Silva. Em 1953 gravaram na Odeon o cururu “Nossa Senhora de Nazaré”, de Palmeira, a toada “Zeca Flauzino” e o arrasta-pé “Meu bem não chore”, as duas de Nhô Zé, Brinquinho e Brioso. Em 1955 gravaram a toada “Castigo de São Benedito”, de Teddy Vieira e Jaime Ramos. Em 1959 gravaram o bolero “Beijo da traição”, de Etel e Branquinho e o xote “Carta ao macuco”, de Etel e Farid Riskallah.

Seu maior sucesso foi “Sanfona da véia”, de parceria com Raul Torres. Esta marcha foi também sucesso na voz de Mazaropi, que a cantou em “Mágoas de caboclo”, de Ari Fernandes, filmado em 1970.

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