
Rui Rei (Domingos Zeminian)
Começou cantando no conjunto dos irmãos Copia, em São Paulo. No início da década de 1940, trabalhou na Rádio Tupi de São Paulo, no Cabaré OK e na Orquestra de J. França. Em 1944, foi para o Rio de Janeiro, onde passou a atuar na Rádio Nacional. Em 1946, gravou seu primeiro disco, na Continental, com os boleros “Nadie”, de Agustin Lara, e “No mientas”, de Sila Gusmão e Dante Santoro. Em 1947, gravou a primeira composição de sua autoria, a rumba “Ana Martin”, parceria com o maestro Sebastião Cirino. Este mesmo disco trazia o bolero “Tus ojos”, de Luiz Bonfá. No mesmo ano, gravou, da dupla João de Barro e Antônio Almeida, a marcha “A mulata é a tal”, que se constituiu num dos grandes sucessos do carnaval do ano seguinte, e o samba “Casadinha triste”. Em 1948, gravou a guaracha “Hechicera”, de sua parceria com Rutinaldo, o bolero “Eres tu mi sueño de amor…”, de José Bravo, e as marchas “Maricota”, de Antônio Almeida e Haroldo Barbosa, “Espanhola diferente”, de Nássara e Peterpan, e “Legionário”, de João de Barro e José Maria de Abreu. No mesmo ano, organizou uma orquestra (Ruy Rey e sua Orquestra) que teve como característica principal tocar ritmos latino-americanos, muito em voga na época. Em 1949, gravou os boleros “Quando tu quieras”, de René Touzet, “Soy como soy”, de Pedro Junco Júnior, “Jamás te olvidaré”, de Antônio Rago e Juraci Rago, e “Orgulho”, de Ademar Pimenta e Dilu Melo. No mesmo ano, gravou o samba “Traz o meu pandeiro”, de Pedro Caetano e Antônio Almeida, e a marcha “Ela vai querer”, de Pedro Caetano e Alcyr Pires Vermelho. Também no mesmo ano, gravou o primeiro disco com sua orquestra com as rumbas “La reina” e “Rosita”, parcerias com Rutinaldo. Em 1950, participou dos filmes “Carnaval no fogo” e “Aviso aos navegantes”, de Watson Macedo. No mesmo ano, gravou com sua orquestra a rumba “Naná”, de sua autoria e Rutinaldo. Durante a década, teve intensa participação no cinema brasileiro atuando como cantor, como líder de orquestra e até como ator. Em 1951, acompanhou com sua orquestra a cantora Emilinha Borba na gravação da rumba “Dançando a rumba”, de Airton Amorim e Mário Meneses. No mesmo ano, gravou, com sua orquestra, as marchas “Cubana”, de sua autoria e Rutinaldo, “Até vestida”, de Norival Reis e Alberto Rego, “Minha babá”, de Frazão e Dunga, e o samba “Eu voltei”, de Rutinaldo e Salvador Miceli. Em 1952, gravou com Emilinha Borba o mambo “Mucho gusto”, de sua autoria, e, acompanhou com sua orquestra, a mesma cantora na gravação os sambas “Você sabe muito bem” e “Pelo amor de Deus”. Ainda no mesmo ano, gravou com sua orquestra o samba “Covarde”, de Dunga e Mário Lago, e o samba “Tá ficando boa”, de Ismael Neto e Nestor de Holanda. Em 1953, gravou com sua orquestra as marchas “A lua se escondeu”, de Alcebíades Nogueira e Norival Reis. Nesse mesmo ano gravou, ainda com sua orquestra, mambos e boleros como “Porque ya no me quieres”, de Agustin Lara. Também no mesmo ano, gravou com Emilinha Borba a batucada “A louca chegou”, de Rômulo Paes, Henrique de Almeida e Adoniran Barbosa. Em 1954, atuou no filme “O petróleo é nosso”, de Watson Macedo. Neste ano, gravou na Todamérica a “Marcha do gari”, de Antônio Almeida e Jorge Murad, e a marcha “Seu lobo taí?”, de Antônio Almeida. Ainda no mesmo ano, gravou, com sua orquestra, a marcha “Mexilhão”, de Alcebíades Nogueira e Norival Reis, o samba “Quando o dinheiro acabar”, de Steiner Timóteo e Monsueto Menezes, e o samba mambo “Gosto de dançar”, de sua autoria e Valdemar de Abreu. Em 1955, gravou os boleros “Yo soy tu pasado”, de Frederico Baena, e “Ladrona de besos”, de Montenegro e Ramón Inclar. No mesmo ano, gravou com sua orquestra o samba “Uisque de pobre”, de Estanislau Silva, Raul Marques e Heber Lobato, e a marcha “Jogado fora”, de sua autoria e Valdemar de Abreu, além do samba “Ai Maria!” e da marcha “De hora em hora”, de sua parceria com Norival Reis e Antônio Almeida. Em 1956, gravou com sua orquestra o bolero mambo “Es impossible”, de sua autoria, e os boleros “Por que será?”, de Ramon, Diplo e Rivero, e “Perdidamente”, de sua autoria e Amado Régis. Em 1957, gravou as marchas “Cola no corpo”, de sua autoria, Norival Reis e Alberto Rego, e “É de “xurupito”, de sua autoria, Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr. No mesmo ano, gravou com sua orquestra as marchas “Ai que delícia”, de sua parceria com Norival Reis e Antônio Almeida, e “Seu Romeu”, parceria com João Rosa e Arnaldo Moraes. No ano seguinte, gravou o cha cha cha “Torero”, de Renato Carozone e Nisa, com versão sua e o porro “Cubanita Chiquitita’, de sua autoria. Neste ano, gravou o samba “Deixa ela pensar”, de Norival Reis, Raul Marques e Paulo Miranda, e a marcha “Vaca leiteira”, de sua parceria com Antônio Almeida. Em 1959, gravou com sua orquestra os cha cha chas “La mamadera”, de Osmar Safety, e “Que se passa comigo?”, de Bidu Reis e Murilo Latini. A partir dos anos 1960, com a bossa nova, os ritmos latinos foram diminuindo e seu prestígio começou a entrar em declínio. Em 1960, gravou a marcha “Mundo virado”, de sua parceria com Valdemar de Abreu, e o samba “Não vou quebrar a jura”, de Moacir Silva, Mauro Araújo e Benedito Reis. Em 1961, gravou as marchas “Indústria nacional”, de Norival Reis e Benedito Reis, e “Ivan não é”, de Luiz Antônio. Em 1963, gravou as marchas “A boca é boa”, de sua parceria com José Batista, e “Vamos pro mato caçar”, de Antônio Almeida, esta última, em dueto com a cantora Marlene. No mesmo ano, gravou na Mocambo a marcha “É um estouro”, de sua autoria e Antônio Almeida, e o samba “Amor proibido”, de Mário Barcelos e L. Zeminian. Em 1966, seu “Sambarrumbarey”, com Paulo Villara, foi gravado por Netinho do clarinete e seu conjunto, no LP “Clari…Netinho – Saudoso toda a vida”, da Philips/Polygram. Com sua orquestra gravou 35 discos em 78 rpm além de diversos LPs. Até a década de 1970, dedicou-se à carreira de cantor, mas já sem o brilho que sempre obteve nos anos 1950.