
Aldo Cabral (Antônio Guimarães Cabral)
Nasceu no bairro de Santo Cristo, zona portuária do Rio de Janeiro. Destacou-se na década de 1930 e 1940 como letrista de valsas, sambas e marchinhas de carnaval. Seu principal parceiro foi o grande flautista Benedito Lacerda. Em 1935, Sílvio Caldas lançou com sucesso sua primeira composição, a valsa “Boneca”, que acabou tornando-se um clássico da MPB, uma das inúmeras parcerias com Benedito Lacerda. No mesmo ano, escreveu com Nestor Tangerini para o teatro de revistas, “Cadeia da sorte”. Em 1936, Carmem Miranda lançou o samba “Pra fazer você chorar”, com o mesmo parceiro, Almirante lançou a marcha “Quero uma cachopa (Viva Portugal)”, parceria com Pedro de Almeida e Nestor Amaral e a valsa “No palco da vida”, parceria com Benedito Lacerda. Ainda em 1936, Sílvio Caldas gravou a valsa, “Teus ciúmes”, parceria com Laci Martins, e Sônia Carvalho, a marcha “Abel e Caim”, parceria com Benedito Lacerda. No mesmo ano, escreveu o musical “Feitiço da baiana”, com músicas de Benedito Lacerda. Em 1937, compôs com Ataulfo Alves, a valsa “A Você”, gravada por Carlos Galhardo, com Benedito Lacerda compôs a valsa “Iracema”, gravada por Nuno Roland na Odeon e o samba “Amigo leal”, gravado por Orlando Silva na Victor. Em 1938, Francisco Alves gravou na Odeon, sua marcha em parceria com Kid Pepe, “Carnaval na minha terra” e Nestor Amaral, registrou, também na Odeon, a valsa “Ansiedade”, parceria com Laci Martins. Em 1939, escreveu para o teatro de revistas, “Mordomo em grande gala”, com músicas de Benedito Lacerda. No mesmo ano, compôs com Benedito Lacerda o samba canção “Espelho de destino”, gravado por Orlando Silva na Victor e o samba-exaltação “Brasil”, gravado por Francisco Alves, em dupla com Dalva de Oliveira na Columbia. Em 1940, Francisco Alves gravou com sucesso na Columbia o samba “Despedida da Mangueira”, parceria com Benedito Lacerda. No mesmo ano, compôs com Ratinho, a valsa “Visão do passado” gravada por Augusto Calheiros na Odeon e com Benedito Lacerda, uma valsa patriótica intitulada “Voz do dever”, gravada na Victor por Orlando Silva e Ismênia dos Santos. Em 1941, escreveu com Saint-Clair Sena, para o teatro musicado, “O teu dia chegará”. Em 1942, novo êxito com a gravação de “Carnaval da minha vida”, valsa também em parceria com Benedito Lacerda, gravada por Francisco Alves na Odeon. Ainda neste ano, teve seu samba com Herivelto Martins, “Bom dia”, gravado por Linda Batista e as Três Marias. Em 1945, Isaurinha Garcia alcançou grande sucesso com a gravação de “Mensagem”, um samba em parceria com Cícero Nunes. Em 1950, escreveu “De boca em boca”, com Nestor Tangerini e De Chocolat, para o teatro de revistas. Em 1963, sua composição “Ansiedade”, parceria com Lacy Martins foi gravada por Gilberto Alves no LP “Gilberto Alves de sempre nº 2” da gravadora Copacabana. Em 1968, seu samba “Despedida de Mangueira”, com Benedito Lacerda, foi regravado por Neco do violão no LP “Samba e violão – vol 2” do selo London/Odeon. Em 1981, suas canções “Carnaval da minha vida” e “Boneca”, parcerias com Benedito Lacerda foram regravadas pelo cantor Gilberto Alves no LP “O fino da seresta volume 2” do selo Bandeirantes/WEA. Muitas de suas composições estão incluídas nos seguintes CDs editados pela Revivendo: “O samba que eu queria”, 1992, RVCD 026; “Músicas brasileiras, vol. 4, 1995, RVCD 088 e “Valsas brasileiras, vol. 2”, 1995, RVCD 094. Em 2010, a gravação do seu choro “Molengo”, com Severino Araújo, na interpretação da Orquestra Tabajara, foi incluída no CD 4 da coletânea “Chorinho do Brasil – Vol. 2” da Warner Music.