
Carlos Galindo
No começo da década de 1950 foi contratado da Rádio Record. Gravando pelo selo Todamérica, fez sua estréia em discos em 1953, interpretando os baiões “Cangaceiro”, de Carlos Barroso e César Brasil, e “Chora menino”, de Barbosa da Silva. Nesse ano, teve o baião “Mania do Mané”, parceria com Catulo de Paula, gravado na Sinter pelo grupo Os Copacabana. No ano seguinte, gravou os baiões “Eta baião”, de Marçal de Araújo, “Forrobodó em Maceió”, de Estanislau Silva e Raul Marques e “O fole do Aleixo”, de Luiz Vieira, além do rojão “História do Bastião”, de sua autoria, Jorge de Castro e Nicolau Durso. Ainda em 1954, a marcha “Isto é papel, João?”, parceria com David Raw, foi registrada por Aracy de Almeida pela Continental. Em 1955, gravou os baiões “Que vontade de comer goiaba”, de José Ramos da Costa, e “Casa amarela”, de Colombo e Alvarese. No ano seguinte, lançou os baiões “Boi manhoso”, de Maruím, e “Minha revolta”, de sua autoria e Josér Ramos. Nesse ano, compôs com Catulo de Paula um grande sucesso que foi o baião “Bebap do Ceará”, gravado por Luiz Vanderlei pela Polydor. Ainda em 1956, Ivete Garcia gravou na Todamérica o baião “Peguei na perna”, com João de Vale e João Bastos Filho, e Cauby Peixoto regravou pela Columbia o baião “Bibape do Ceará”. Em 1957, gravou disco com composições de dois dos maiores autores brasileiros: Humberto Teixeira e João do Vale. Os baiões “3×4”, de Humberto Teixeira e Maria Terezinha, e “Eu sou que nem dinheiro”, de João do Vale e J. Cavalcanti. Tendo gravado apenas seis discos pela gravadora Todamérica, seu maior sucesso ocorreu como compositor como o baião “Bebap do Ceará”.