Ado Benatti

Iniciou carreira cantando em grupos regionais em sua cidade natal. Compunha emboladas e se apresentava em programas de calouros. Em São Paulo, começou trabalhando na Rádio Educadora Paulista com o Regional de Caxangá. Depois passou a atuar na Rádio Difusora de São Paulo e em 1940, começou a compor. Suas primeiras composições foram interpretadas por Caxangá e Chico Carretel.

A partir de 1947, adotou o pseudônimo de “Zé do Mato”, pelo qual passou a ser conhecido. Em junho de 1946, a dupla Tonico e Tinoco lançou pela Continental um disco contendo a moda de viola “Destino de caboclo”, de Tonico e Ado Benatti. Era a primeira das muitas composições de Zé do Mato gravadas por variados compositores. Ado Benatti passou, então, a dedicar-se ao gênero sertanejo. Em 1949, a mesma dupla Tonico e Tinoco lançou o sucesso “Besta ruana”, outra parceria da dupla Tino e Aldo Benatti.

Em 1950 teve a toada “História das lágrimas”, parceria com Serrinha, gravada na Continental pela dupla Serrinha e Caboclinho. Em 1952 a dupla Zé Pagão e Nhô Rosa gravou de sua parceria com Nhô Rosa a moda de viola “Não gosto da cidade”. Em 1954, o trio Luizinho, Limeira e Zezinha gravou “Encontro do divino”, parceria com Piraci. No ano seguinte, o mesmo trio gravou “Sagrado ofício”, parceria com Teddy Vieira, gravação na qual Ado Benatti aparece declamando juntamente com Luizinho.

Em 1962 o Duo Batuíra gravou a canção rancheira “Aventureiro”, parceria com Dito Mineiro. Suas composições foram gravadas, dentre outros, por Palmeira e Biá, Zé Carreiro e Carreirinho, Sulino e Marrueiro, Cascatinha e Inhana e Vieira e Vieirinha. Também gravaram composições de Ado Benatti o Duo Guarujá, Inezita Barroso e o Trio Serrinha, Caboclinho e Rielinho.

Alguns de seus grandes sucessos como compositor foram “Bom Jesus de Pirapora” e “Transporte de boiada” . Publicou os livros de poemas “Musa cabocla” e “Alma da terra”. Escreveu também as histórias populares “Contos do Zé do Mato” e os versos populares “Tambaú, cidade dos milagres”, “A morte do Dioguinho”, “Bom Jesus de Pirapora” e “Os crimes de Dioguinho”. Foi autor também de diversas peças caipiras que alcançam sucesso ainda hoje. Dentre elas, podemos citar “Mão criminosa”, com Tonico e Tinoco, “O filho do sapateiro” e “Sindicato dos malucos”.

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