Aldo Taranto

Iniciou a carreira artística como compositor no começo da década de 1930. Em 1931, seu samba “Candinha”, com André Filho, foi  gravado por Sílvio Caldas, e as canções “Flor agreste”, com João Martins, e “Naquele altar”, foram lançadas na Victor por Gastão Formenti. Em 1933, compôs com Donga, o samba “Quando você Morrer”, gravado por Carmen Miranda. No ano seguinte, teve nova música gravada por Carmen Miranda, a marcha “Agora não”, parceria com Valfrido Silva. Teve também no mesmo ano, o samba “Eternamente”, e a valsa “Esquecer”, com Osvaldo Santiago, e a canção “Perjúrio”, com Valentina Biosca, gravadas na Victor por Gastão Formenti. No começo da década de 1940, passou a dirigir sua própria orquestra. Em 1941, acompanhou com sua orquestra, na Columbia a dupla Joel e Gaúcho na gravação da valsa “Sempre o mesmo Rio…”, de João de Barro e Alberto Ribeiro, e da rancheira “Cabocla do coração”, de Constantino Silva. Em 1947, seu bolero “Os cabelos de Maria”, parceria com José Mauro e Geraldo Mendonça, foi gravado na Continental por Dircinha Batista. No início da década de 1950, foi diretor musical dos Discos Rádio. Em 1952, fez os arranjos para o LP “Poeta da Vila – Sambas de Noel Rosa gravados por Marília Batista”, o primeiro lançado pelo selo Rádio da Rádio Serviços e Propaganda Ltda. Por essa época, compôs jingles comerciais em parceria com o compositor e jornalista Antonio Maria. Em 1954, seu tango “Taça do amargor”, com Romeu Fernandes, foi gravado na Sinter por Romeu Fernandes. Nesse ano, acompanhou com sua orquestra na Continental, o cantor Vicente Celestino na gravação das canções “Nas asas brancas da saudade”, “Renúncia em prantos” e “Entre lágrimas”, na toada-canção “Dileta”, e na valsa “Noite cheia de estrelas”, de Cândido das Neves; na canção-patriótica “Meu Brasil”, de Pedro Sá Pereira e Olegário Mariano; na serenata “Os milhões de arlequim”, de Drigo, e na valsa “Último beijo”, de W. Paans e Eustórgio Vanderlei. Em 1955, teve os boleros “Um caso de amor” e “Um dia a menos”, e o beguine “Exatamente agora” gravados Waldir Calmon e Seu Conjunto no LP “Ritmos melódicos Nº 1”, e o bolero “Foi assim” no LP  “Ritmos melódicos Nº 3” também com Waldir Calmon e Seu Conjunto, ambos da gravadora Rádio. Em 1956, acompanhou com seu conjunto ao cantor Eurístenes Pires na gravação da balada “Oh! Mar” e no bolero “Amor ao luar”, ambas de Eurístenes Pires. Em 1957, o bolero “Tudo é amor” foi lançado por Waldir Calmon e Seu Conjunto no LP “Feito para dançar Nº 6” da gravadora Rádio.  Em 1959, lançou pelo selo Internacional CID o LP “Sonhos, amor e violinos” interpretando com sua orquestra as composições “Por causa de você”, de Tom Jobim e Dolores Duran, “A volto do boêmio”, de Adelino Moreira, “Abandono cruel”, de Luis Soberano e Anicio Bichara, “Vitrine”, de Adelino Moreira, “Se todos fossem iguais a você”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Prece de amor”, de René Bittencourt, “Abismo”, de Anísio Silva, “Sonhando contigo”, de Anísio Silva e Fausto Guimarães, “Conceição”, de Dunga e Jair Amorim, “Ouça”, de Maysa, “Graças a Deus”, de Fernando César, e “Tudo foi ilusão”, de Laerte Santos e Arcilino Tavares, todas grandes sucessos românticos da época. No mesmo ano, o choro “Manhoso” foi gravado por Dionysio e Seu Quinteto no LP “Sax e ritmo” da gravadora Internacional CID, enquanto a canção “Natal noite de amor” foi incluída no LP “Dançando com Papai Noel – Guimarães e Seu Conjunto” do selo Internacional CID. Ainda em 1959, fez os arranjos e dirigiu a orquestra no LP “Serestas do Brasil nº 3”, do cantor Onéssimo Gomes no qual foram interpretadas, entre outras, o samba-canção “Violão”, de Vittorio Junior e Wilson Ferreira; a valsa “A deusa da minha rua”, de Newton Teixeira e Jorge Faraj; a canção “Meu companheiro”, de Francisco Alves e Orestes Barbosa, e o tango-canção “Cicatrizes”, de Adolfo R. Avilés e Lamartine Babo. Sobre seu trabalho de orquestração nesse LP, se pode ler na contra capa do referido disco: “Uma série de fatores, levam um cantor ao sucesso incontestável: sua bela voz – a interpretação – o cuidado da seleção – a orquestração e agravação. De tudo basta aqui nesse pequeno comentário ressaltar o valor da orquestração: não se pode negar ao maestro Aldo Taranto parte da glória desse notável cantor. Pedimos ao público, um pouco de atenção, a esse discreto colaborador da Fonográfica Brasileira S. A., que é o maestro Aldo Taranto. É comum o público se entusiasmar pelo cantor ou pelo solista. Esquecem ou desconhecem que toda armadura e segredo está nas linhas e pautas da orquestração, no ensaio! Essa cabe, sem dúvida, ao orquestrador e ensaiador. No caso do presente LP aí estão duas figuras de primeiro plano: Onéssimo Gomes e Aldo Taranto”.  No ano seguinte, “Tudo é amor” foi incluída por Dionysio e Seu Quinteto no LP “Sax magia”. Em 1965, seu choro “O saci na flauta”, com José Mauro, foi gravado por Altamiro Carrilho no LP “Choros imortais nº 2”. Em 1968, no LP “O sucesso continua”, de Moreira da Silva, teve gravado o samba “O velho não bobeia”, parceria com Mário Rossi. Em 1976, seu samba-canção “Natal, noite de amor”, com Nem, foi gravado por Ângela Maria. Teve composições gravadas por Sílvio Caldas, Gastão Formenti, Carmen Miranda, Dircinha Batista, Moreira da Silva e Altamiro Carrilho, entre outros. Foi parceiro de Mário Rossi, Osvaldo Santiago, Ary Barroso, Valfrido Silva e André Filho, destacando-se como compositor e também como arranjador.