Arlindo Pinto (Arlindo Pinto dos Santos)

Considerado um dos mais importantes compositores sertanejos do fim dos anos 1940 e início dos anos 1950. Em 1934, teve sua primeira composição gravada por Nhá Zefa: a moda “Desafio nº 2”. Compositor eclético, compôs em diversos ritmos, como xote, arrasta-pé, polca, chorinho, tango, valsa, samba, moda-de-viola, rasqueado e guarânia. Em 1945, teve a composição “Alô Mister Johnny”, feita em parceria com Hélio Sindô, gravada pela dupla Brinquinho e Brioso. Em 1947, teve o foxtrote “Vaqueiro de verdade”, com Anacleto Rosas Jr. Gravado pelo cantor Monte Alegre. Nesse ano, Tonico e Tinoco gravaram, também da mesma dupla de autores, a moda-de-viola “A cruz do caminho”, e dele e Geraldo Costa, a moda-de-viola “Boiadeiro entrevado”.
A mesma dupla gravaria em 1949 a moda-de-viola “Rancho vazio”, também com Anacleto Rosas Jr. No mesmo período, o cantor Sólon Sales gravou “Segue teu caminho”, da parceria com Mário Zan, que se tornou um grande sucesso. Muitas de suas composições foram gravadas pela dupla Palmeira e Luizinho: em 1951, a valsa “Marcaremos casamento”, em parceria com Anacleto Rosas Jr.; o xote “O estoro da boiada”, em parceria com Mário Zan; a moda-de-viola “Chico Raimundo”; o cururu “Bom Jesus de Pirapora”, parceria com Palmeira, entre outras. No mesmo ano, a cantora Inhana, da dupla Cascatinha e Inhana, gravou individualmente o baião “O segredo está no molho”, uma rara interpretação dela sem seu habitual parceiro.
Em 1953, a dupla Luizinho e Limeira gravou o galope “Gaúcho amigo”, parceria com Luizinho. No mesmo ano, Palmeira e Biá fizeram sucesso com “O preço do pecado”, parceria com Palmeira. Em 1954, Mário Zan lançou pela RCA Victor o rasqueado “Chalana”, parceria dos dois e que se tornaria o maior sucesso como compositor, tendo conhecido diversas regravações. Em 1955, o Duo Irmãos Vieira gravou, dele e Mário Zan a guarânia “Ausência” e o baião “Zóio de caxinguelê”. Em 1956, o Trio Paulistano gravou a marcha “A marca do Zorro”, parceria com Palmeira. Em 1957, o Duo Irmãs Celeste gravou dele e Mário Zan a valsa “Cantando”, com a qual fez grande sucesso e o rasqueado “O trem apitou”. A valsa “Cantando” foi posteriormente regravada no CD “50 anos de música sertaneja” lançado em 1999 pela gravadora BMG.
Em 1959 teve o rasqueado “Esquecimento”, com Ingazeiro e o baião “Prá que”, com Canoeiro, gravados pelo Duo Batuíra. Teve o rasqueado “Baldrana macia”, parceria com Anacleto Rosas Jr., gravada por Luiz Gonzaga no LP “Luiz “Lua” Gonzaga”, no ano de 1961. Em 1975, o rasqueado “Chalana” foi regravado com grande sucesso pelo Trio da Vitória, em 1980, também com grande sucesso, pelo violeiro Almir Sater e em 1996, pelo violeiro Roberto Correia.
Teve diversos parceiros, entre os quais Priminho, Mário Zan, Tonico, Luizinho e Geraldo Costa. Com Hélio Sindô compôs, entre outras, o samba “Cabocla”, “Diga a ela” e “Olinda não fracassou”. Seu maior parceiro foi Anacleto Rosas Jr., com quem compôs mais de 15 músicas: “Baldrana macia”, “Adeus Rio Grande”, “Remorso” e “Boiadeiro bão”, entre outras. Em 1994, a BMG lançou o CD “Acervo sertanejo”, onde consta a gravação do rasqueado “Chalana”, na interpretação de Mário Zan. Suas composições foram gravadas por diversos artistas, entre os quais Tonico e Tinoco, Luizinho e Limeira, Palmeira e Luizinho, Palmeira e Biá, Trio Orixá, Irmãs Castro, Brinquinho e Brioso, Zé Cupido, Campanha e Cuiabano, Inezita Barroso, Duo Guarujá, Raul Torres e Florêncio e Vieira e Vieirinha. Em 2008, teve a sua música “Chalana” (c/ Mário Zan) lançada por Roberta Miranda, no CD “Senhora Raiz”, do selo Sky Blue Music e Canto Livre.

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