
Carlos Monteiro de Sousa (Carlos José Monteiro de Sousa)
Iniciou a carreira artística em princípios da década de 1930, quando, ainda acadêmico, foi um dos criadores do grupo vocal e instrumentasl Os Quatro Diabos, com o qual gravou três discos, além de fazer apresentações em rádios como a Mayrink Veiga, e de participar dos filmes “Alô, alô, Brasil!”, de Wallace Downey e “Alô, alô carnaval!”, de Adhemar Gonzaga. Com o fim do grupo, seguiu carreira solo como compositor e arranjador.
Em 1953, Zezé Gonzaga gravou na Sinter o samba-canção “A saudade é mulher”. Teve gravado em 1957, também por por Zezé Gonzaga no LP “Vivo a cantar”, lançado pela Columbia, o samba-canção “Um milhão de vezes não”, com Alberto Paz. Em 1958, o samba “Pé de chumbo”, parceria com Alberto Paz foi gravado na Odeon por Raul de Barros no LP “Ginga de gafieira”. No mesmo ano, teve ainda o samba-canção “Duas notas, nada mais”, com Alberto Paz, gravado por Nora Ney na Continental, e o samba “Vamos cochichar” lançado pelos Vocalistas Modernos na Sinter, também parceria com Alberto Paz. Nesse ano, no LP “Calendário musical” lançado por Emilinha Borba pela Continental teve gravadas as músicas “Férias de julho” e “Em outubro vou pagar”, ambas com Alberto Paz.
Em 1960, seu samba “Não”, com Alberto Paz foi gravado por Aracy de Almeida no LP “Samba” lançado pela Philips. Em 1961, teve o samba-canção “Ouve meu amor”, com Antônio Carlos Souza e Silva gravado por Helena de Lima no LP “A voz e o sorriso de Helena de Lima” da RGE. Em 1963, fez os arranjos para o LP “Um Senhor talento” lançado por Sérgio Ricardo no selo Elenco. Em 1967, fez os arranjos para a marcha carnavalesca “Sou pobre, pobre”, lançada em compacto simples pelo cantor Sérgio Ricardo na gravadora Philips. Em 1968, fez os arranjos e regeu a orquestra nas músicas “Dança da Rosa”, de Maranhão, “Oxalá”, de Theo e “Pra não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, na interpretação dos Vocalistas Modernos, “Maria Marta”, de Edu Lobo e Ruy Guerra, na voz de Mary Lauria, e “Tempo de partir”, de Sergio Napp, na voz de Clara Nunes, gravadas no LP do III Festival Internacional da Canção lançado pela Odeon.
Em 1974, fez arranjos para o disco daquele ano da cantora Doris Monteiro. Fez também os arranjos e regeu a orquestra no LP “Luiz Ayrão”, de Luiz Airão. Em 1975, tornou a reger a orquestra e fez as orquestrações para LP de Luiz Ayrão. Além de destacar-se como arranjador na Odeon, destacou-se como compositor e seu principal parceiro foi Alberto Paz, tendo músicas gravadas por astros como Nora Ney, Helena de Lima, Aracy de Almeida, Emilinha Borba e Zezé Gonzaga.