
Geraldo Viétri
Personalidade controversa dentro da televisão, pioneiro, de temperamento difícil e politicamente conservador, Geraldo Vietri começou sua carreira na TV Tupi, em 1958, quando um de seus textos, Este Mundo é dos Loucos, foi aprovado e produzido pela emissora paulista. Depois disso, Geraldo viria a ser contratado para trabalhar no TV de Comédia, como autor e diretor.
Ainda da década de 50, Vietri começou a produzir telenovelas ainda não-diárias. Em Alma Cigana, Vietri atuou como diretor. Dois anos depois, escreveu A Inimiga, adaptação de um original argentino. Como autor de telenovelas, foi o que acumulou maior número de títulos. Alcançou sucesso e projeção nacional com as telenovelas Antônio Maria e Nino, o Italianinho, duas marcas registradas de sua trajetória pelo mundo das telenovelas, além destas duas, também escreveu Meu Rico Português, última novela a derrotar a Rede Globo no horário das 19h, feito imbatível durante muito tempo.
Outro grande sucesso foi Vitória Bonelli, intensa história de decadência econômica e superação ambientada na colônia italiana de São Paulo que contou com um memorável desempenho de Berta Zemel no papel-título. Com a falência da TV Tupi, Geraldo Vietri foi contratado por várias outras emissoras, dentre elas a Rede Bandeirantes, Rede Manchete e CNT. Vietri também produziu para o cinema, usando em seus elencos os mesmos amigos que atuavam em suas novelas na TV Tupi. Como exemplo, Senhora (1976), com Elaine Cristina e Paulo Figueiredo, e Tiradentes, o mártir da Independência, do mesmo ano, com Adriano Reys. Contudo, não obteve no meio a mesma qualidade e a mesma repercussão de suas incursões na TV, estabelecendo-se, meramente, como um artesão de produções comerciais.
No cinema, Vietri mencionou pela única vez sua própria homossexualidade. No filme Os imorais, de 1979, mostrou de forma positiva o amor entre dois rapazes.