Príncipe Pretinho (José Luís da Costa)

Foi um dos responsáveis pelo início da carreira do cantor e compositor Herivelto Martins, mais tarde seu parceiro, quando o apresentou a J. B. de Carvalho. Teve uma de suas primeiras composições gravadas em 1932, a marcha “Me dá, me dá”, lançada pelo conjunto Tupi, na gravadora Victor. Ainda nesse ano, seu samba-canção “Mata virgem” foi gravado pelo Conjunto Tupi. No ano seguinte, compôs a macumba “Quem tá de ronda?”, lançada por Francisco Sena na Victor. Em 1934, sua batucada “Bumba…bumba”, foi gravada na Victor pelo Conjunto RCA Victor. Teve as marchas “Um pouquinho só” e “Bela morena”, gravadas pela Dupla Preto e Branco, em 1935, na Columbia. Em 1937, teve duas composições lançadas num mesmo disco por Dalva de Oliveira e Dupla Preto e Branco: o batuque “Itaquari” e a marcha “Ceci e Peri”, esta última por sinal, sucesso na voz de Dalva de Oliveira, acabaria originando o nome do filho da cantora com Herivelto Martins, Peri. Ainda nesse ano, teve o samba “Palavra de rei”, com Valdemar Crespo gravado pela dupla Preto e Branco. Em 1938, seu samba “Nosso amor não convém”, com Peterpan, foi gravado na Victor por Carlos Galhardo e o batuque “Quem mora na lua!”, gravado por Dalva de Oliveira e Dupla Preto e Branco na Odeon. No ano seguinte, fez com Antenor Borges o ponto de macumba “Meia noite”, gravado na Victor por J. B. de Carvalho. Ainda em 1939, o samba-rumba “Alvorada”, com E . J. Moreira, e a marcha “Na Turquia”, foram gravadas na Columbia por Dalva de Oliveira e Dupla Preto e Branco. Em 1940, teve gravada a mazurka “Menina de vestido branco”, por Dalva de Oliveira na Columbia. Nesse ano, os sambas “Dance mais um bocado”, com Henricão e “Não quero conselho”, com Constantino Silva foram gravados por Henricão e Carmen Costa; a marcha “É espeto”, com Rogério Nascimento, por Janir Martins, e o samba “Sorri”, com Lauro dos Santos, o Gradim, pelo Trio de Ouro. Em 1941, suas marchas “Dança la conga”, com Sá Róris e “Toma cuidado”; o batuque “Quem dá a ronda” e o samba “Maria cheirosa” foram gravadas pelo Trio de Ouro. Nesse ano, teve gravada sua primeira parceria com Herivelto Martins, os sambas “Consciência” e “Eu queria um adeus”,o primeiro na voz de Isaura Garcia e o segundo na de Castro Barbosa, os dois na Columbia. Em 1942, o samba “Ela”, com Herivelto Martins foi lançado por Francisco Alves e o samba “Bela e formosa”, com J. Cunhado, foi gravado pelo Trio de Ouro, ambos na Odeon. No mesmo ano, Carmen Costa gravou na Victor o samba “Caramba”, com Henricão. No ano seguinte, seu samba “Quem vem descendo”, com Herivelto Martins e seu batuque “Cai no samba”, foram lançados pelo Trio de Ouro, na Odeon. Em 1944, o samba “Se a vida não melhorar”, com Herivelto Martins, foi lançado por Francisco Alves na Odeon e os sambas “Voltei mas era tarde”, com Geraldo Pereira, e “Não fiquei louco”, com Herivelto Martins, foram lançados respectivamente por Cyro Monteiro e Nelson Gonçalves, na Victor. No ano seguinte, teve o samba “A vitória é nossa”, alusivo à vitória das forças aliadas sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial, gravado na Odeon pelo Trio de Ouro. Também em 1945, fez com Nilo Chagas o samba “Enxuga esta lágrima”, gravado na Odeon pelos Trigêmios Vocalistas, e o samba “Mais um passo errado”, com Conde, gravado pelo grupo Vagalumes do Luar, além do samba “Já me disseram”, com Herivelto Martins, gravado pelo Conjunto Tocantins, ambos na Continental. Também com Herivelto Martins fez o samba “Se a vida não melhorar”, gravado por Francisco Alves na Odeon. Em 1946, teve outras duas composições lançadas pelo Trio de Ouro: o samba “É triste a gente querer”, com Herivelto Martins e o batuque “É a lua”. Nesse ano, sua marcha “Atchim”, com J. Piedade, foi gravada por Linda Rodrigues na Continental, e o batuque “Alodê” foi lanaçdo por Ataulfo Alves e Suas Pastoras na Victor. No ano seguinte, seu samba “Só pra chatear!”, foi gravado com grande sucesso de público, pela dupla Zé e Zilda, na Continental e o samba “É triste a gente querer”, com Herivelto Martins, foi gravado pelo Trio de Ouro na Odeon. Em 1948, o samba “Todos tem o direito”, com J. J. de Oliveira, foi lançado pelo Trio de Ouro. Em 1958, seu samba “Coração também esquece”, com Raul Marques foi sucesso na voz de Jorge Veiga que o gravou no LP “Caricaturista do samba” da Copacabana. Também nesse ano, seu batuque “Eu subi”, inédita parceria com João da Bahiana, foi gravado na RCA Victor por Marlene. Em 1973, seu samba “Só pra chatear”, foi gravado por Pedrinho Rodrigues, no LP “Estão voltando os bons tempos”, do selo Equipe. Teve mais de 40 músicas gravadas por artistas como Dalva de Oliveira, Francisco Alves, Isaura Garcia, Nelson Gonçalves; Jorge Veiga e Trio de Ouro. Embora a maioria de suas composições fossem feitas sem co-autores, teve parceiros como Herivelto Martins, Peterpan, Henricão e Geraldo Pereira. Em 2003, seu samba-rumba “Alvorada” foi relançado no CD Trio de Ouro, do selo Revivendo.

Áudios