
Roberto Amaral
Iniciou a carreira artística no final da década de 1940. Seu primeiro disco foi gravado em 1950, como crooner da orquestra de Clóvis Mamede, pela gravadora Elite Special, registrando o samba “Nosso amor não morreu”, de José Roy e Avaré, o frevo “Sonhei que estava em Pernambuco”, de Clóvis Mamede, o bolero “Que será?”, de Marino Pinto e Mário Rossi, grande sucesso de Dalva de Oliveira, e o samba-canção “Mágoa”, de Hervê Cordovil e Júlio G. Atlas. Em 1951, gravou a marcha “Pobre pierrô”, de José Roy e Orlando Monello, os sambas “Amei como um louco”, de Oswaldo França e Victor Simon, “Advertência”, de Humberto de Carvalho, Francisco Ferraz Neto e Carvalhinho, e “Áspero caminho”, de Marino Pinto e Mário Rossi, o bolero “Tédio”, de Osvaldo França e Benedito França, e os sambas-canção “Favela”, de Hekel Tavares e Joracy Camargo, “Bailarina cigana”, de Osvaldo França e J. Soares, e “Pra quê?”, de Jairo Boscolo e Valter de Morais. Acompanhado de conjunto regional gravou em 1952 os sambas “Peço a Deus”, de Blota Jr., “Quem dirá”, de Paquito e Romeu Gentil, “Mulher veneno”, de Osvaldo França e Orlando Monello, e “Aero-moça”, de Nelson Trigueiro e Lourival Faissal, a marcha “Minha capa de toureiro”, de José Assad, o “Beduíno”, e o samba-canção “Pensando em você”, de Blota Jr. e Gustavo de Andrade. Em janeiro de 1953, lançou seu último disco pela Elite Special cantando a marcha “Mil e uma noites”, de Geraldo Queiroz e José Batista, e o samba “O que foi que eu fiz”, de Adoniran Barbosa e Osvaldo França. Foi contratado pela Odeon em 1954, e gravou com acompanhamento de orquestra o fox “Amor secreto”, de Fain, Webster e Ghiaroni, versão brasileira de “Secret love” grande sucesso internacional na época, e a toada-baião “Se Deus ajudá”, de Bob Junior. No mesmo ano, gravou também com acompanhamento de orquestra, de Dênis Brean e Nilo Silva, a marcha “O girassol e o jasmin”, e de Conde, o samba “Meu padecer”. Em 1955, gravou com orquestra os fox “Na fonte dos sonhos”, de S. Cahn, J. Styne e Ghiaroni, e “O estranho no paraíso”, de R. Wright, G. Forrest e Ghiaroni. Em 1956, gravou com acompanhamento de orquestra e coro as valsas “Mãezinha do coração”, de Celso Aguiar e Abílio Rocha, e “Valsinha dos namorados”, de Herivelto Martins e David Nasser, e com acompanhamento de Osmar Milani e sua orquestra os sambas “Eu nasci no morro”, de Ary Barroso, e “Rabo de saia”, de Orlando Monello e Vladimir de Melo. Em novembro desse mesmo ano, em seu último disco pela Odeon registrou com acompanhamento de Luis Arruda Paes e sua orquestra a marcha “Casamento de Maria”, de Orlando Monello, Alberto Roy e Tânio Jairo, e o samba “Por onde andará Maria?”, de Adoniran Barbosa e Raguinho. Em 1957, teve uma rápida passagem pela gravadora Todamérica na qual registrou a marcha-rancheira “Marcha da primavera”, de Juraci Rago, e o samba “Redenção”, de Beduíno e José Gama de Souza. Foi contratado pela gravadora Continental ainda em 1957, e lançou o slow-fox “Souvenir d’Italie”, de l. Luttazzi, G. Scarnicci e R. Tarabuzi com versão de Alfredo Borba, o fox-trot “Como é bom recordar”, de Gilkyson, Dehr e Miller com versão de Nazareno de Brito, a toada “Canto dos boiadeiros”, de Newton A. de Melo, e a cantiga “Hei de morrer cantando”, de Valdemar Henrique. No ano seguinte gravou os slow “Adeus às armas (Adeus amor)”, de Mário Nascimbene, De Ville e Júlio Nagib, e “Pode ser (Chance are)”, de Stillman e R. Allen com versão de Carlos Américo, o samba “Pingo de alegria”, de Beduíno e José Gama de Souza, e a marcha “Meu amorzinho!”, de Fernando Dias e Airton Belo. Em 1958, tornou-se um dos primeiros cantores a gravar o samba “Este seu olhar”, de Antônio Carlos Jobim. Ainda nesse ano, gravou a valsa “Eu quero amar”, de J. Livingstone e R. Evans, com versão de Ribeiro Filho, o fox “Gigi”, de A. J. Lerner, F. Loewe, com versão de Alberto Ribeiro, o samba-canção “Madrugada em Copacabana”, de Nazareno de Brito e Pedro Dellobor, o bolero “Vida de minha vida”, de Antônio Almeida, e o rock-balada “Quem é?”, clássico de Osmar Navarro e Oldemar Magalhães, de grande sucesso na época. Ainda em 1958, participou do LP “Dançando com a Orquestra de Gilberto Gagliardi” lançado pelo maestro Gagliardi pela Continental interpretando as músicas “Dora”, de Dorival Caymmi, e “Laura”, de João de Barro e Alcyr Pires Vermelho. Em 1960, gravou o rock-balada “O amor é sempre amor”, de H. Hupfeld, uma versão de Jair Amorim para o clássico norte americano “As time goes by”, e o bolero-mambo “Afinal”, de Ozires P. Aguiar, Luiz Mergulhão e Alfred Marsilac. Ainda nesse ano, gravou com a cantora Esterzinha de Souza o LP “Astros do disco” no qual foram interpretadas músicas como “Lampião de Gaz”, de Zica Bergami, “Nada além”, de Mário Lago e Custódio Mesquita, “Serenata do adeus”, “Conceição”, “Sistema nervoso”, de Wilson Batista, “Terra seca”, de Ary Barroso, “Meu mundo caiu”, de Maysa, e “Chega de saudade”, de Vinícius de Morais e Tom Jobim, entre outras. No ano seguinte, em seu derradeiro disco na Continental gravou o bolero “Amor em Copacabana”, de F. Buscaglione e L. Chiosso com versão de Henrique Lobo, e o samba-canção “Leito vazio”, de Armando Castro e P. C. Camargo. Em 1962, gravou pela RCA Victor com acompanhamento de Francisco Morais e sua orquestra os fox “Bela Maria”, de Vandyke e Juvenal Fernandes, e “Jenny”, de U. Jurgens e Max Garrido. Gravou pela Philips em 1963, com acompanhamento de Portinho e sua orquestra o baião “É Lampa…”, de Gabriel Migliori, e o samba-canção “Tolice”, de Eli Silva e Meneghin Jr. Nesse ano, participou do LP “Carnaval bossa nova” lançado pela Fermata/Momo interpretando as marchas “Tá na cara”, de Paulo Rogério, “O boa vida”, de Belmiro Barrela e Archimedes Messina, e “Mamadeira”, de Julio Nagib e Archimedes Messina. Em 1964, já com a carreira em declínio, lançou dois discos pelo pequeno selo Momo. No primeiro gravou a marcha “Bumbo bom”, e o samba “Custou”, ambas de autoria de Valdemar Camargo, Amaral, Politi e Vicente Longo. O segundo disco foi dividido com a cantora Marli Marley que ficou com o lado A enquanto ele no lado B registrou o samba “Tá na cara”, de Paulo Rogério. Ainda nesse ano, particpou com vários artistas do LP “Viva o carnaval”, da Fermata/Momo interpretando a marcha “Amor de carnaval”, de Archimedes Messina e Belmiro Barrela. Em 1965, no LP “Carnaval 65 – O grande carnaval do 4º centenário do Rio de Janeiro” lançado pela Philips com diversos artistas, participou interpretando a marcha “Biquininho”, de sua autoria e Wilson Roberto. Em meados da década de 1960, já não tendo espaço para gravar discos sozinho, particpou de diversas coletâneas carnavalescas. Em 1966, no LP “Carnaval Fermata 66”, da gravadora Fermata gravou a marcha “Liberdade”, de sua autoria e Belmiro Barrela. No ano seguinte, no mesmo tipo de coletânea gravou as marchas “Garota Iê Iê Iê”, de Belmiro Barrela, e “Porta estandarte”, de Geraldo Vandré e Fernando Lona. Em 1968, gravou para o carnaval “Mulher depois dos trinta”, de Belmiro Barrela, e “Alegria”, de Vicente Longo e Waldemar Camargo. No ano seguinte, no LP “Momo 70” da RCA Candem gravou a marcha “Beijinho de boa noite”, de sua autoria, D. Paulo e Archimedes Messina. Teve uma longa carreira de mais de vinte anos de gravações e lançou discos pela Elite Special, Odeon e Continental além de participar de várias coletâneas carnavalescas.